terça-feira, julho 31, 2007

vagando por pensamentos saudosistas e a oligarquia libreña


Acima, nota-se a direita, o poder imposto pela oligarquia.
Enquanto eu espero o taxi que atende as necessidades da oligarquia libreña, me perco em pensamentos nostalgicos, daqueles que te faz encher a cara com aquele olhar de saudade.
Mas hoje eu vejo como eu era "cego" e nao me dava conta, não sei se era intencional ou não, mas tinhas o dom de escorregar por entre os meus dedos, e me prender tão forte com teu olhar e palavras que não tinham fim.
Mesmo quando eu tinha pra mim que eu era a escória do "mundo moderno" aprendendo teorias malucas sobre caras que já morreram, mesmo quando tu escorregava de mim como alguem foge do perigo constante, mesmo carregando pilhas de livros verdes, velhos e empoeirados cheios de exclamações por uma singela mixaria. Mesmo assim, sendo guiado pela voz terna e que nao deixava de solfejar palavras simples e harmonicas um segundo sequer.
Enquanto isso outro cigarro, outro senhor feudal cruza por mim com seu vassalo mecânico, confirmando que a "high society em decadencia" também existe do outro lado da fronteira, e que é tão comum e indiferente quanto as do lado de cá.
Abraçado na caixa de cds querendo apenas voltar pra casa. ou pra aquele tempo que não volta mais.
Onde a voz ainda guia harmonicamente com tônicas e consoantes, com fotos de arvores bonitas e com folhagens atrativas.
Aquele tempo em que eu ainda tinha um chapéu.